Exame

IGE ESPECÍFICO (C312) – PROTEÍNAS DO LEITE

Tempo de Jejum

NÃO REQUER JEJUM

Material

SORO

Prazo de Entrega

3 dias

Metodologia

QUIMIOLUMINESCÊNCIA

Interpretação

A alergia ao leite é a alergia alimentar que ocorre mais frequentemente nas crianças. Começa nos primeiros meses de vida, com as primeiras ingestões “leite

artificial” ou “fórmula infantil” ou mesmo durante o aleitamento materno, por passagem de proteínas dos laticínios ingeridos pela mãe. Ocorre porque o sistema

imunitário dos bebés produz uma reação exagerada contra algumas proteínas do leite.


Essa resposta imunológica anormal dirigida contra as proteínas do leite pode envolver mecanismos “IgE-mediados” ou “não-IgE-mediados” ou mecanismos mistos.


A alergia IgE mediada resulta da produção de anticorpos de tipo IgE contra as proteínas do leite; os sintomas surgem nos primeiros 30 minutos ou até 2 horas após o

contato com o leite; pode ser muito grave e capaz de pôr a vida em risco em poucos minutos. A alergia não-IgE mediada envolve outros mecanismos imunológicos,

que envolve outros tipos de anticorpos ou células que reagem contra as proteínas do leite; normalmente os sintomas são digestivos e geralmente é uma reação

tardia, com início mais de 2 horas após a ingestão do leite, o que torna o diagnóstico mais difícil. A alergia mista envolve IgE e outros mecanismos imunológicos,

como é o caso da esofagite eosinofílica, gastrenterite eosinofílica e dermatite atópica.


Não existe alergia ao leite materno, mas quando a mãe está a amamentar e ingere leite e seus derivados, as proteínas do leite de vaca que a mãe ingeriu passam

para o leite materno que alimenta o bebê, que pode assim ter reação.


Apesar de se designar frequentemente “alergia à proteína do leite”, na verdade o leite de vaca possui várias proteínas que podem causar alergia. Os nomes dessas

proteínas do leite que mais frequentemente causam alergia são: caseína, alfa-lactoalbumina e beta-lactoglobulina.


A presença de IgE detectável não indica, necessariamente, doença alérgica, tampouco a sua ausência a exclui. Não há como interpretar a dosagem de IgE específica

dissociada da anamnese e de outros exames complementares.